Já algum tempo perguntei a uma educadora, se tinha filhos e ela respondeu-me que sim.
Perguntei-lhe de seguida quantos e ela olhou-me atentamente.
De um modo terno e calmo e disse-me:
- Muitos… Todos os meus alunos.
Na altura, fez-me confusão esse momento e fiquei triste relativamente à sua maternidade. No entanto, a maturidade fez-me compreender as suas palavras. Agora sei verdadeiramente do que ela falava. Ela não se referia a um amor de substituição, mas a um amor genuíno que ultrapassa o nosso ser, pois vivo esse amor todos os dias e com o Oceans-on® estarei sempre pronta para receber outro ser pequenino que chegará até mim.
No meu dia há sem dúvida algo de maternal contínuo e sempre presente.
E vivo plenamente essa maternidade com as crianças que estão ao meu redor.
Algo de verdadeiro que me nutre e nutre o outro.
Como educadora partilho um sorriso, um abraço corrido e sentido, uma lágrima que cai de um rosto confuso, uma pequena grande conquista… Tantos gestos de amor.
Um verdadeiro educador tem a maternidade em si e vive-a a cada momento.
Tem também um imenso amor para dar que não cabe apenas nele, mas que abarca o mundo. Por isso tem sempre filhos. Não tem só um filho, dois filhos, três filhos… Não.
Partilha tempo com os filhos do mundo e com eles constrói um mundo novo.
Partilha a maternidade e a paternidade com outras mães e pais.
Não tem também sempre a resposta certa e procura-a, a todo o momento.
E Escuta. Escuta muito.
Escuta o bater do seu coração, compassado com o bater do coração do outro.
A todos os educadores que escutam, não se escondam… acreditem em si!
Beijinhos e salpicos para crescer,
Carla